Que mãe eu sou hoje?
Chata.
Assim sou definida pelo meu filho e ouço com frequência, para não dizer todos os dias.
Eu sou a chata porque pego no pé,
peço para desligar a tv e ir fazer outra coisa,
proponho outras coisas mas nunca são tão legais,
temos horário para comer, dormir,
fazer a lição de casa é prioridade as outras coisas vem depois
entre tantas outras coisinhas.
Coloco limites algo tão em falta hoje em dia.
Sei que ele me ama e mesmo assim me acha uma chata de galocha.
Sei que essa idade é um desafio e que também é uma fase que vai passar porém tem dia que cansa tanto.
Sei também que um dia ele irá perceber que tudo que fazemos é para seu bem, temos essa esperança.
Tudo isso me faz voltar no tempo e revisitar minha infância que não foi a mais doce da história. Confesso que prefiro ser essa mãe chata do que a mãe indiferente com quem convivi que hoje colhe frutos amargos mas isso é outra história, minha história que acaba refletindo na minha relação com meu filho.
Todos os dias eu peço a Deus força para continuar na caminhada, discernimento para não cair na tentação do caminho mais fácil e muito menos repetir os erros de um passado próximo. Não quero perpetuar situações e lembranças que não deixaram nada de bom.
E assim seguimos nessa caminhada chamada maternidade que aqui é real, nua e crua e sem maquiagem de revista.
Enquanto isso... mesmo eu sendo "a chata" ele não desgruda e eu adoro ele pertinho.
Antes chata do que indiferente. Excelente essa tua colocação. É cansativo, é exaustivo ser chata. Não é algo que se escolha por prazer. Seria muito mais fácil não ser a chata.
ResponderExcluirOuço também diariamente o adjetivo que nos define, mas esses dias, de tanto ouví-lo, chamei o garoto de 12 anos que o profere e perguntei "como então você gostaria que eu fosse?
Ele me olhou demoradamente nos olhos e respondeu - assim mesmo, riu nào gostaria que fosse diferente, nào seria você e eu sei que tudo isso ( a chatice ) é importante para mim.
Sigo chata!
Beijo.
Oi, Graziela!
ResponderExcluirTambém já fui chata... continuo sendo, apesar de não mais ouvir. Lembro que passei a chamar meu filho de chatinho todas as vezes em que ele me chamava de chata. Daí eu dizia: "Seu chatinho, não sabe que é muito chato pra mim todos os dias dizer para você fazer coisas que já devia fazer sem que eu pedisse?". Isso foi tão martelado na cabeça dele, que começou a fazer só para não ouvir. Acho. Já os finais de semana eram sem tanta cobrança com horários.
Também acho que chamar de chata, denota um tanto de "cumplicidade"... rs.
Beijus,