segunda-feira, 27 de abril de 2015

Que mãe eu sou? (hoje)

Que mãe eu sou hoje?

Chata.

Assim sou definida pelo meu filho e ouço com frequência, para não dizer todos os dias.

Eu sou a chata porque pego no pé, 
peço para desligar a tv e ir fazer outra coisa,
proponho outras coisas mas nunca são tão legais,
temos horário para comer, dormir,
fazer a lição de casa é prioridade as outras coisas vem depois
entre tantas outras coisinhas.

Coloco limites algo tão em falta hoje em dia.

Sei que ele me ama e mesmo assim me acha uma chata de galocha.

Sei que essa idade é um desafio e que também é uma fase que vai passar porém tem dia que cansa tanto.

Sei também que um dia ele irá perceber que tudo que fazemos é para seu bem, temos essa esperança.

Tudo isso me faz voltar no tempo e revisitar minha infância que não foi a mais doce da história. Confesso que prefiro ser essa mãe chata do que a mãe indiferente com quem convivi que hoje colhe frutos amargos mas isso é outra história, minha história que acaba refletindo na minha relação com meu filho.

Todos os dias eu peço a Deus força para continuar na caminhada, discernimento para não cair na tentação do caminho mais fácil e muito menos repetir os erros de um passado próximo. Não quero perpetuar situações e lembranças que não deixaram nada de bom.

E assim seguimos nessa caminhada chamada maternidade que aqui é real, nua e crua e sem maquiagem de revista.

Enquanto isso... mesmo eu sendo "a chata" ele não desgruda e eu adoro ele pertinho.

Uma foto publicada por Graziela Flor (@gra_flower) em

2 comentários:

  1. Antes chata do que indiferente. Excelente essa tua colocação. É cansativo, é exaustivo ser chata. Não é algo que se escolha por prazer. Seria muito mais fácil não ser a chata.
    Ouço também diariamente o adjetivo que nos define, mas esses dias, de tanto ouví-lo, chamei o garoto de 12 anos que o profere e perguntei "como então você gostaria que eu fosse?
    Ele me olhou demoradamente nos olhos e respondeu - assim mesmo, riu nào gostaria que fosse diferente, nào seria você e eu sei que tudo isso ( a chatice ) é importante para mim.
    Sigo chata!
    Beijo.

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  2. Oi, Graziela!
    Também já fui chata... continuo sendo, apesar de não mais ouvir. Lembro que passei a chamar meu filho de chatinho todas as vezes em que ele me chamava de chata. Daí eu dizia: "Seu chatinho, não sabe que é muito chato pra mim todos os dias dizer para você fazer coisas que já devia fazer sem que eu pedisse?". Isso foi tão martelado na cabeça dele, que começou a fazer só para não ouvir. Acho. Já os finais de semana eram sem tanta cobrança com horários.
    Também acho que chamar de chata, denota um tanto de "cumplicidade"... rs.
    Beijus,

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Gra

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