sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Eu e o Instagram

A amiga Ana Paula sugeriu para eu escrever sobre o Insta e confesso que nem sei bem por onde começar.

Talvez pelo início... as redes sociais surgiram da necessidade de interação das pessoas. Pessoas queriam conversar/ interagir com outras pessoas (tudo achismo da minha cabeça e me corrijam se eu estiver errada).

Aproveitei muito a "época do Orkut", as comunidades, os chats, as trocas.

Não sei quem veio primeiro mas não entrei na moda do Snapchat e curti um pouco o Flickr. Tinha uma rede social nesse meio do caminho que era de foto e texto (eu adorava, lembro de ler vários relatos de parto, experiências na educação, indicação de livros...).

Aí surge o Facebook e todo mundo que estava no Orkut, praticamente,  migrou para o Face. Teve uma galera que resistiu e ficou no Orkut até os últimos dias.

Meu perfil no Face continua lá, as moscas, é um perfil fechado e usei muito ele enquanto morei fora. Era uma forma de ficar "mais perto" dos amigos e familiares.

Nesse interim...surgiu esse blog...lá em 2006. E segue aqui...daquele jeito mas segue.

Eu nunca fui muito fã de moda. Lembro das primeiras vezes que ouvi falar do WhatsApp e pensei "como assim? De graça ainda!". Resisti para baixar.

O Insta no começo era só para quem tinha um IPhone, e senão me engano lá em 2010. Eu não tinha esse celular (e continuo não tendo) e, de novo resisti quando ele passou a ficar disponível para todos os celulares. Eu odeio essa coisa excludente. Ou todo mundo tem acesso ou ninguém tem (eu sei que no mundo real não é assim mas não custa sonhar).

O ano era 2013, quase no final quando voltamos para o Brasil e meu irmão falou "só você da família não tem WhatsApp, baixa o aplicativo. É rápido, fácil de usar e as mensagens chegam na hora". Respirei fundo e aceitei a oferta dele de um celular melhor que o meu que daria para baixar mais aplicativos. 

No caos da readaptação, inclusive escrevi bem pouco por aqui naqueles anos, conheci o Insta. Adorei a ideia e passou. Só em 2015 que criei um perfil e postei a primeira foto em 08 de março, uma selfie (bem mal feita), no dia da mulher.

A ideia do Insta era ótima. Compartilhar momentos instantâneos.  Aquela imagem legal que você gostou e gostaria de dividir com os amigos.

Só que vieram novas funções,  o aplicativo foi mudando, surgiram as #hashtags (que já existiam no Twitter, ah! lá eu estou já há 13 anos) e de repente...as empresas perceberam que ali era um ótimo lugar para vender seus produtos e aí surgiram as trocas (financeiras ou não), os influencers, os cursos...as Lives e nunca mais o aplicativo foi o mesmo.

Eu gosto e desgosto de lá. Já teve época que eu gastava 4h do meu dia conectada. Rolando a tela. E acho isso uma loucura. O aplicativo consegue acionar o nosso sistema de recompensa muito rápido e uso vicia. Cada like/ curtida/ comentário/ compartilhamento é um reforço para o cérebro (continua você está indo muito bem, você é importante,  as pessoas.gostam de você). Que loucura tudo isso.

Nunca ganhei nada por estar lá. Algumas pontes foram feitas, alguns livros para sem divulgados (uma forma de vender algo que não envolve dinheiro). E eu segui e sigo. ..só não sei até quando.

Confesso que estou cansada só que acho que não é do aplicativo é de mim mesma.

Os stories foi outro marco, copiado do snapchat assim como os vídeos curtos. Acho muito louco a gente saber quem viu, quem curtiu, quem reagiu a um storie (vídeo.curto de poucos segundos que pode ter uma imagem, uma música, um micro filme).

Não sei como ficam as relações no meio disso tudo. O que mais me incomoda no Insta é essa falsa ideia de vida perfeita. As pessoas escolhem, selecionam o que vão postar e aí tudo é lindo e maravilhoso. Só que na vida real sabemos que ninguém é feliz 24h por dia. Infelizmente tem muita gente sofrendo, se comparando e não conseguindo viver sem "ter que postar". Não faço ideia de qual rumo tudo isso vai tomar...como quase tudo na vida é uma ferramenta e precisamos aprender a fazer bom uso dela.


* desculpa o texto, ah essa é outra coisa que não cabe mais no Insta, textões longos e profundos.  Pra quê? Vamos viver na superficialidade que dói menos (alerta: contem ironia).


terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Sem palavras


Preciso confessar para vocês que não estou mais conseguindo escrever aqui (no Insta). 

Isso também aconteceu com o blog e sem nem perceber, abandonei ele (nem a senha lembro mais).

Tenho a impressão de que tudo já foi dito, refletido, explorado. 

A sensação que tenho é que não tenho nada mais relevante para dizer...seguir na minha insignificância é o melhor.

Não sei se é a idade, o cansaço mental, a desesperança ou uma bela dose de sinceridade comigo mesma (sim, eu não sou tão importante assim. que alívio!).

Tem mais de mil fotos aqui, ainda bem que poucas minhas e aí já não sei qual caminho seguir.

Textão ninguém lê e eu até pensei em perguntar para você que chegou até aqui, o que você gosta de ver no meu perfil...então quem quiser os comentários estão aí para isso e mais uma vez, muito obrigada a todos que me acompanham ao longo desses anos (já são 8 e contando, só aqui nessa rede - Instagram).

* escrevi esse post dia 26 de janeiro. Acabei de reler e continuo com essa mesma sensação.  Diariamente tenho vontade de apagar todas as redes sociais e sumir. Quem tem meu e-mail ou whatss, poderá manter o contato. Fora isso...fico pensando porque tem gente que dá tanta importância ao que eu falo ou escrevo...muitas questões.

domingo, 26 de novembro de 2023

2023

Ontem foi dia 25 de novembro.

Há um mês foi dia 25 de outubro: meu aniversário.

Daqui um mês será 25 de dezembro: Natal.

Faz dias, semanas que estou com vontade de voltar a escrever aqui, especialmente pelo apoio e incentivo da querida Ana Paula mas preciso confessar que não sabia nem como começar. E foi um rolê abrir essa página em branco.
Não lembrava a senha, fiz a recuperação, passaram-se dias e esqueci a senha de novo. E hoje aconteceu tudo isso de novo. Fora que a rotina me consome de um jeito, que quando eu vi já era 5 da tarde e não tinha conseguido sentar em frente ao computador.

Outro fator que me deu um empurrão para voltar a escrever aqui é que, há um ano eu testei positivo para Covid e foi tudo tão estranho. Não foi de repente mas me arrebentou como uma onda. Senti a morte fungando meu pescoço, de novo, e bem de pertinho. Me desesperei, pequenas que eu gosto muito duvidaram que eu estava contaminada e isso mexeu demais comigo. Eu definando... doía tudo e muito. Me desesperei e fui parar no hospital com falta de ar.

Essa sensação de puxar o ar e não conseguir respirar é horrível. Só depois que eu percebi que o que eu tive foi uma crise de ansiedade. O medo tomou conta de mim. Aquela sensação da morte tão perto, me apavorou. O que me aliviou foi que eu sonhei com meu pai e só conseguia ver ele bem e dizendo "aguenta firme, eu estou com você!" Ali eu senti que ainda não tinha chegado a minha hora. Não sei explicar.

Setembro de 2023 fez 10 anos que chegamos em Curitiba. Dez anos que eu voltei para o Brasil. E em novembro fez 13 anos que meu pai morreu. 
Já pensei tanto nesses 10 anos, já pensei tanto "no que eu estou fazendo aqui" porque muito dias parece que nada faz sentido.

De repente, hoje pode ser o primeiro de alguns posts que virão. O Insta já não faz sentindo há muito tempo...tanto que já quase não escrevo lá (posts, stories sim só que eles somem em 24h. que loucura tudo isso!). Quem sabe aqui não volta a ser meu canto ou vire apenas uma "newsletter" ou uma notinha de domingo. Tem tanta coisa guardada em mim que sinto que precisa sair (mesmo que só fique nos rascunhos).

Mesmo parecendo que nada do que eu escrevi faz sentindo...talvez esse seja o começo para fazer sentindo.


 (Londres-agosto/ 2013 em alguma despedida
 antes de vir para o Brasil!) 



    (Curitiba - algum dia quente entre  2013 e 2023)
                                        




(Essa é uma das poucas fotos que eu tenho de quando era criança e gosto tanto dela. Sigo procurando esse sorriso que um dia foi meu. Talvez aí eu tinha uns 6 anos, talvez!)


*Preciso reaprender como edita post aqui porque não consegui deixar como eu gostaria mas acho que isso, agora, nesse momento é o de menos.


terça-feira, 16 de agosto de 2022

Carta Semanal

Faz um tempo que eu tenho observado, de longe, o movimento da comunicação. Em especial a comunicação escrita apesar de que eu adoro a comunicação falada (adoro ouvir rádio até hoje!).

E aí, de repente, uma galera começou a fazer uma Newsletter, que a tradução seria algo como Boletim de Notícias mas eu gosto de chamar de Carta Semanal.

Essas Newsletter normalmente são semanais ou mensais e hoje em dia, são entregues diretamente no nosso email. Eu assino apenas duas e gosto muito.

Penso que os blogs por muito tempo, serviram de Newslleter mas não sei por qual motivo (ou até sei) de repente paramos de postar. 

Tem Newsletter que é um resumo da semana, outras enviam vários links que a pessoa achou interesse e tem aquela que fala sobre algo que a pessoa gosta e depois tem um link para comprar algo (um curso ou algo que a pessoa vai ganhar uma porcentagem).

Parece um caminho para não perder o contato com os leitores.

Por isso estou me esforçando para vir aqui e escrever essas linhas. 

Não tenho muitas novidades, links ou notícias para vocês mas gostaria de contar que continuo dando aula/ apoio para três crianças. Nossos encontros são tão bons, mesmo e apesar do volume de conteúdos. Tem conteúdo que eu não lembro de nada aí preciso estudar também para poder "ensinar" as crianças.

Sigo dando aula online para outras três crianças. Aí eu me desdobro porque nunca fiz isso por tanto tempo. 

Mudamos de apartamento. Seguimos no mesmo bairro, ao mesmo tempo que sinto que estou conhecendo um bairro novo. Ganhei uma planta (uma samambaia havaiana) para a nova casinha e aos poucos ela vai ganhando a nossa cara. É bom, estranho, cansativo e gostoso ao mesmo tempo.

Mudar é cansativo demais porém necessário. Acho que todo mundo já passou por alguma mudança na vida.


Samambaia Havaiana presente da minha amiga Carol.

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Oi!

Oi, tem alguém aí?

Não sei se eu ainda sei escrever posts/ textos para o blog, o meu blog.

Teve um tempo em que eu escrevia toda semana. Inclusive participei de alguns desafios onde escrevíamos todos os dias. Algos simples mas era diário. Que saudade. 

Minha pergunta é: como eu conseguia? Não sei, não lembro, não tenho resposta para essa simples pergunta.

Quer saber porque eu estou aqui novamente? Saudade.

Sim, saudade do simples, saudade do blog (meu-quase-diário-virtual. Quase porque já não consigo escrever todos os dias porém continuo escrevendo de alguma forma...já conto sobre isso.).

Eu gosto do Instagram, dá ideia inicial do aplicativo: registrar um instante que você gostou ou que é importante para você. Só que isso foi lá no começo, há muitos anos...agora parece que tudo virou comercial. Aí surgiram outras redes, a rede de fotos virou de vídeo, antes disso chegou uma galera que ganhou (e alguns ainda ganham) muito dinheiro com tudo aquilo. 

Quem não estava nessa ›vibe‹ talvez tenha se sentido um pouco perdido. Não sei dizer, eu me senti perdida, perdidassa. Cansei de ver tanta gente vendendo coisas, especialmente cursos para ganhar grana, e me senti literalmente um peixe fora d`água. Cadê aquele encantamento com as fotos, as belezas para os olhos.

Só que não parei de escrever pois escrever me ajuda a organizar minhas ideias. Então sigo escrevendo a mão, só para mim; criei um grupo no Telegram que chama "Chá com Palavras" (super original!) e sempre que posso, escrevo e publico no Instagram.

O simples é isso, fazer o que precisa ser feito. 

 Adoro essa foto. Simples mas linda!


Um abraço e se cuidem.






quinta-feira, 9 de abril de 2020

O mundo está diferente!

E de repente o mundo está diferente.

Diferente de tudo que conhecemos;
Diferente de tudo que vivemos até agora;
Diferente do que "achavamos" que era o correto.

Pela primeira vez na minha vida, estou vivendo em uma pandemia.

O mundo. 
Presta atenção: não é o Brasil, os Estados Unidos...ou a China lá longe. 

É o MUNDO. O PLANETA INTEIRO está vivendo uma pandemia.

Significa que de repente algo muito forte afeta milhares de milhões de pessoas.

Muitas adoecem, centenas morrem. Tudo é muito novo.

O vírus já era conhecido mas nunca fez o que está fazendo.

Além de tudo gera MEDO, ANGUSTIA, INCERTEZAS.

Gera também BRIGAS, ROUBOS e de repente escancara algo que sempre existiu no mundo mas poucas pessoas queriam e querem olhar: a DESIGUALDADE.

Como dar conta disso tudo? 

É tudo muito intenso que chega a faltar o AR, Sufoca, causa tosse, insônia e medo. Eu já disse medo.

Não existe mais grupo de RISCO, todos corremos RISCOS, muitos.

Tudo começou em dezembro mas não acreditamos que chegaria até nós mas chegou.

Meu filho está em casa desde o dia 17 de março. A principio voltaríamos para a escola dia 13, após a Páscoa. Não voltaremos mais nesta data. Talvez somente dia 04 de maio, se tudo estiver mais calmo até lá. Não dá nem para falar de "tudo mais normal".

Acho que nunca mais voltaremos ao normal. O que era o normal?

Me preocupo com a saúde mental dele. Preso dentro de um apartamento pequeno, sem quintal, só nós. 
Provavelmente estou sendo egoísta porque "pelo menos temos um lugar para morar". Eu sei. Porém me dói dá mesma forma.

O que tudo isso vai nos ensinar? Não sei.
Iremos mudar? Não sei mas gostaria muito que cada um colocasse a mão na consciência e repensasse suas ações. 

Agora é hora de pensar no COLETIVO (no todo) e não somente no EU (indivíduo).

Tenho medo mas tenho esperança, não sei explicar só sei que no meio disso tudo, consegui voltar aqui.

E você como está?

Continuo postando no Instagram, quem quiser pode me acompanhar por lá  https://www.instagram.com/gra_flower/ (demorei para aderir e quando fui em 2015 já existia o perfil graflor, aí perdi. faz parte da vida e tive que usar uma palavra em inglês para representar meu sobre nome.)

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Quem sou eu?

E de repente passei mais de um ano sem conseguir escrever uma palavra por aqui.

Não me senti culpada mas senti falta.
E percebi que minha ausência aqui foi por causa da minha presença no Instagram.

Simples assim.

Agora que estou de férias me dei conta de uma coisa importante "não tenho nada registrado do ano de 2019, foi como se ele não tivesse existido" apesar de isso não ser verdade. 

2019 foi punk, intenso, me revirou quase ao avesso.

Demorei para ir para o Instagram. No início do aplicativo só era possível quem tinha uma Iphone. Eu odeio coisas exclusivas porque acho que são excludentes. Ou inclui ou não faz.

Eu sei, é chatice minha mas não consegui aderir.

Aliás com o whatsapp foi igual. Baixei o aplicativo porque meu irmão insistiu e argumentou "você é a única da família que não tem ainda";  e isso era 2013 quando a maioria das pessoas que eu conhecia já usava o aplicativo menos eu.

E estava tudo bem, eu mantinha conexão com as pessoas por email, telefonemas e mensagens no celular (SMS). Ainda hoje não vejo a necessidade de estar conectado 24 horas por dia, 7 dias da semana. 

Agora me dei conta que dá mesma forma que o Facebook está morrendo (ou morreu para alguns) o Instagram (IG) segue o mesmo caminho. O que será que acontecerá? Será que teremos um tempo para fazer uma cópia por garantia, será que poderemos guardar tudo, incluindo os comentários das fotos? Ou do nada tudo sumirá? Muitas dúvidas.

Estou no IG desde março de 2015 e já postei mais de mil fotos. 
Exagero? Talvez. Não sei.

Algumas fotos geram reflexões, outras são totalmente pessoais. Lá é um recorte do recorte da vida.
Não sei se aqui é diferente?

E não sei se faz algum sentido ainda voltar para cá?

Pensei em recomeçar a escrever me apresentando até porque a Graziela que começou esse blog em 2006 já não é mais a mesma da Graziela de 2020.

Meu Deus, quanto tempo!!! 

Então... acho que a crise dos 40 bateu forte também principalmente depois de janeiro de 2019 quando minha prima 3 anos mais velha do que eu faleceu.

Eu pensei "a próxima sou eu". Foi ali que eu entendi a sensação da minha avó quando meu avô faleceu. Ela é a pessoa mais velha da família agora e deve ter batido um desespero.

Elaborar esse luto também me consumiu por meses. Cresci com minha prima, eramos quase irmãs. Convivemos por 26 anos e um muito do que sou é graças a ela. Tem dias que ainda não parece real.

Passei de janeiro do ano passado até agora pensando "Quem sou eu?" depois daquela perda. 
A minha dor não chega perto da dor da minha tia, muito menos das minhas primas - filhas dela.
Mas a vida é isso... um desafio, o ir e vir, o nascer e o morrer. 

Então eu sou a Graziela, esse ano completo 43 anos em outubro. Sou mãe de um menino que está com 12 anos, sou professora de educação infantil, adoro ler livros, pular corda, sorvete de morango e se pudesse gostaria de ter um balanço perto de casa para eu ir balançar todos os dias. Tenho cabelos cacheados e adoro eles. Uso óculos de graus desde os 6 anos, graças a minha professora do Pré que descobriu que eu tenho miopia mas isso não me incomoda, me incomodou muito mais usar aparelho ortodôntico para consertar meus dentes. Foram longos 5 anos com aqueles ferrinhos na boca.

Adoraria falar mais de mim mas não sei. É difícil. Continuarei tentando. Como continuarei tentando escrever aqui semanalmente.

Prazer, essa sou eu pelo olhar do meu filho.
Outubro/ 2019
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