quinta-feira, 20 de outubro de 2011

E a saude como vai?


Hoje nao vou falar da saude fisica ou espiritual nao. Temos que cuidar dessas tambem, mas quero falar da saude emocional.

Essa semana estamos vivendo um turbilhao de emocoes novas por aqui, Nicolas comecou a ficar na escola o periodo todo (full time = 9h-15h30') e como e' uma situacao totalmente nova para ele, junto vem de acrescimo alguns sentimentos, nao tao novos, para lidarmos.

Para ajudar nessa fase de adaptacao, o outono resolveu dar as caras de verdade, ja nos preparando para o inverno e de manha esta' bem friozinho (na verdade ta' e' friozao, hoje de manha fazia 4 graus Celsius as 8h30, hora que saimos de casa para ir para a escola).

Alem do clima, os desafios sao varios: ficar o dia todo na escola, almocar por la, conquistar amigos novos (os do periodo da manha), "perder" o periodo da manha em casa (brincando, fazendo atividades e vendo desenhos), o peso que e' ser uma crianca de 4 anos, que fica full time e com isso a responsabilidade aumenta tambem ... e como esperar que a crianca continue se comportando igual, com todas essas mudancas?

Quase impossivel! Se para nos, adultos, que conseguimos verbalizar/ dizer com palavras o que nos angustia; para as criancas nao e' tao facil assim, expressar os sentimentos, os medos, as angustias.

As criancas expressam tudo isso de forma concreta ou quando nao conseguem "colocar para fora" de forma concreta, algumas vezes somatizam. E foi o que aconteceu aqui em casa.

O Nicolas viveu nessas ultimas semanas uma onda de ansiedade muito grande: a espera do dia do aniversario e ele sabia que depois de fazer 4 anos, ele iria ficar o tempo todo na escola (algo que ele queria muito e agora que esta acontecendo, ele esta estranhando um pouco), viveu tambem o reencontro com os amigos, quando comemoramos o aniversario dele, a mudanca no clima - a queda da temperatura - e o cansaco fisico/ mental.

Na segunda-feira ele chegou da escola e estava otimo, na terca ele ja estava muito cansado, reclamando de dor de garganta, perguntando de um amigo do periodo da tarde e quando eu fui checar a temperatura dele 37,5. Por aqui, os medicos so consideram febre quando as temperaturas marcam 38 para cima. Entao eu continuei com a homeopatia, dei uma lanchinho mais leve para ele, no lugar da janta e de repente ele deitou no sofa, pediu para ver desenho e dormiu, as 18h.  Mesmo ele dormindo continuei fazendo compressas na testa e nos pes, verificando a temperatura e pensando/ quebrando a cabeca, para tentar descobrir o que estava causando tudo aquilo.

Quando ele acordou, pediu para dormir na cama comigo. Dormiu, bebeu bastante agua, a temperatura chegou aos 38,7, continuei com as compressas, a homeopatia e muita oracao. Ele dormiu ate as 7h30 do outro dia, acordou disposto dizendo que queria ir para a escola e assim foi. Enquanto tomavamos cafe, fui conversando com ele, falando da escola, dos amigos e das mudancas. Contei para ele, que na proxima semana e' uma "mini ferias" (half term) e que ele podera' brincar mais, ficar mais na cama e fui vendo um olhar mudando. Disse tambem que se ele nao se sentisse bem na escola, para avisar a professora, que eu iria busca-lo.

As criancas sofrem e sofrem muito. Infelizmente as vezes nao conseguimos ver os comportamentos deles como sofrimento, taxamos como manha, preguica ou sei la mais o que.

Me doi muito ouvir maes reclamando que os filhos sao chatos, manhosos, birrentos e que nao fazem o que elas querem. E nos (maes) sera que estamos ouvindo e acolhendo os sentimentos dos nossos filhos; sera que estamos ajudando-os a lidar com  as mudancas que eles estao passando?

Aqui em casa, sempre falamos com o Nicolas normalmente, sem mudar a voz, sem infantilizar nada. Sempre conversamos e muito com ele, explicando toda e qualquer mudanca, inclusive as dificeis, porque ele entende. Subestimar a inteligencia das criancas, nao ajuda em nada no desenvolvimento delas, ao contrario so prejudica o seu crescimento emocional.

Continuamos atentos aos proximos dias e qualquer novidade volto para contar!

E voce como tem cuidado da saude emocional do seu filho? Na sua casa tem espaco para falar dos sentimentos....

3 comentários:

  1. Oi. Melhoras pra ele!
    A Ceci não precisou de adaptação quando entrou pra escola. Ela sempre me via em casa arrumar as coisas pra ir buscar o irmão, então sabia que eu não ia demorar e sempre iria buscá-la. O segundo filho é smepre mais tranquilo nesses processos de adapatação. Mas eis q esse ano 3 anos depois, houve uma recaída e ela diz q sente minha falta e q chora as vezes de saudade em sala de aula. Começei a mandar na agenda uma foto nossa, juntas. e mostrei pra ela que tb carrego na minha bolsa uma outra foto nossa, juntas. Por que eu tb sinto saudades dela. Assim, quando a saudade começar a doer a gente olha as fotos e sabe que logo, logo vamos estar juntas outra vez! :) Ela adora a escola, adora a profe e os colegas. Mas com certeza ficar linge da mãe doi mesmo!

    Bjão pra vcs. Gisele

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  2. Nossa, Grazi!
    eu estava conversando sobre isso c meu marido, nossa relação c o Ian, a maneira de educar, não infantilizamos, enfim... é uma coisa q valorizamos muito e q ficou estabelecido desde o momento q decidirmos ter um filho.
    não podemos subestimar seu intelecto e sentimentos.
    carinho, atenção... isso é muito importante, né?
    no mais, vamos aprendendo c eles dia-a-dia e isso é muito bom.
    adorei sua postagem.
    acho q vc tá no caminho certo!
    bjão, Cris

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  3. Gra, o filho da Pat Daltro passou exatamente por isso (Blog A visa Sem Manual).

    Os meus foram pra creche cedinho, 1 ano e pouco, nunca passaram por isso, só izeram uma manhazinha no começo da escola nova, mas passou rapidinho!!!

    Se tu não ficares muito ansiosa, ele nao vai sofrer. Tenta controlar a tua ansiedade ao máximo.

    Pra mim é mais angustiante me separar das crianças do que pra eles se afastarem de mim.

    beijoooo

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Leio todos os comentarios e sempre que possivel respondo aqui mesmo ou no blog correspondente de quem comentou. Muito obrigada pela visita e volte sempre.
Gra

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