quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Sobre o que eu nao consigo falar, ainda.

"Afinal, quando uma pessoa morre, não só aquela pessoa que existe objetivamente fora de você morre.
Mas também a pessoa que existe dentro de você, subjetivamente, precisa encontrar descanso.
Quando você vê uma pessoa que você ama morrendo, tem que aprender um pouco a morrer também." 
Alessandro Martins

Eu ainda nao encontrei esse "descanso" dentro de mim e ja' se passaram 3 anos. Para mim parece uma eternidade. Voltar foi dificil. Optamos, com a sugestao e ajuda de uma amiga, a vir para Curitiba direto sem parar em Sao Paulo (para ver os parentes) assim seria mais facil com as malas e tal. Emocionalmente foi o mais adequado. Nao precisei desembarcar em Guarulhos onde ele sempre esteva la' nos esperando para um abraco e nao importava a hora, chegava sempre cedo, nao queria perder aquele momento.

Fui para Sao Paulo 3 dias apos chegar aqui. Encontrei todos menos ele, claro. Sensacao estranha. Tristeza. Desconforto. Falta. Saudade. Nao fui na casa da minha mae ainda e nem sei se conseguirei ir um dia, ele nao estara' la' para abrir o portao muito menos para me dar 3 beijinhos de boa noite e dizer seu famoso: durma com os anjos.

Ninguem precisa dizer mais essa frase pois sei que meu anjo querido esta' sempre por perto de mim. Eu sinto. Incrivel porque desde Londres depois do dia 22 de novembro de 2010 do nada uma borboletinha branca apareceu e sempre me acompanhava. Esses dias vi uma por aqui, me rondando e so' olhei para o ceu e agradeci. Eu sei que ele esta' aqui, bem perto de mim, dentro do meu peito.

Enquanto ainda nao consegui me despedir (elaborar esse luto sem fim que um dia se findara') vou apenas me alimentando de boas lembrancas para evitar a tristeza.

******************
Consegui escrever um pouco mais sobre a partida do meu pai por causa da "carta dominical" que o Alessandro (dono das primeiras frases do post) nos mandou no ultimo domingo. 

Aproveito para dizer que se voce gosta de ler cartas com uma escrita otima, bem humorada, dicas para viver bem e muita inspiracao entao voce precisa assinar a "nwesletter" do Alessandro. E' de graca, voce so' precisa colocar seu email la' no formulario, confirmar no seu email e pronto.

Tenho certeza que voce vai gostar. Para assinar a carta e' so' clicar aqui.

*** Quem acompanha o blog ou le meus posts sabe que eu evito falar sobre o assunto. Dessa vez a carta do Ale mexeu demais da conta comigo, nao aguentei.

5 comentários:

  1. Em sintonia virtual. Lendo seu post quando chega o teu e-mail.
    Luto é necessário e precisa ter o tempo necessário. Falar sobre ele, sobre o teu retorno e a dor que ainda pulsa é um caminho para que logo seja recordação, doce, simples acompanhada de um sorriso.
    Bem, assim foi comigo.
    Beijo!

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  2. nada melhor do que cultivar as boas lembrancas, Grá! Esse "fechamento" que vc ta buscando, as vezes nem precisa acontecer de fato - eu acho vc uma mulher tao positiva, que isso de lembrar de coisa boa combina muito com vc - nao sera esse seu "closer"?

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  3. Meu pai morreu a 45 anos. Ainda dói.

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  4. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  5. Obrigado por compartilhar essas palavras emocionantes e também por divulgar o meu trabalho, Graziela. Beijo do Ale.

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Obrigada por comentar, sua opiniao e' muito importante.
Leio todos os comentarios e sempre que possivel respondo aqui mesmo ou no blog correspondente de quem comentou. Muito obrigada pela visita e volte sempre.
Gra

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