quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Lagrimas ao vento

A noite nao foi das melhores
o relogio despertou,
ela nao ouviu
o filho chamou
ela respondeu imediatamente.


Nao conseguiu acordar
foi acordada.


Tomou banho
para despertar
de nada adiantou.


Tinha que sair
fazer o que precisava ser feito.
Era perto, mas estava cansada,
"Vou de onibus", pensou.
Passou pelo ponto
nao parou.
Continuou caminhando.


Forcas fisica
quase nao tinha
eram muitas noites
mal dormidas.


Uma forca maior
dentro dela,
impulsionava-a a andar.


Por alguns segundos
se desligou do mundo.
Como se nada
nem ninguem
estivesse ao redor.


E andando ela chorou
chorou, solucou e
respirou fundo.
Que sensacao de dor
de alivio
de repor.


Ver o filho sofrendo
com dor
estava sendo triste
demais
para ela.


Sabia que tinha que aguentar.
Sabia que era preciso continuar.
Mas naquela manha,
ela so queria poder chorar
chorar lagrimas ao vento...

2 comentários:

  1. Gra!

    Simplesmente linda essa poesia, e tão verdadeira.

    Escrevi algo sobre a dor de ver um filho doente. A gente sente tantas dores em nossa vida, mas a de ver um filho doente sem poder fazer nada é para mim, ardida, doída, talvez a pior, com exceção de uma perda definitiva.

    Obrigada pelo e-mail sobre a escolinha. Não sabia que tu trabalhava numa escolinha! Adorei :)

    Beijos
    Pri

    ResponderExcluir
  2. Vida de mãe é assim.
    E hoje?
    Lágrimas ainda a escorrer ou já teve o momento do alívio?
    Abraço.

    ResponderExcluir

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Leio todos os comentarios e sempre que possivel respondo aqui mesmo ou no blog correspondente de quem comentou. Muito obrigada pela visita e volte sempre.
Gra

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