Não sei quem veio primeiro mas não entrei na moda do Snapchat e curti um pouco o Flickr. Tinha uma rede social nesse meio do caminho que era de foto e texto (eu adorava, lembro de ler vários relatos de parto, experiências na educação, indicação de livros...).
Aí surge o Facebook e todo mundo que estava no Orkut, praticamente, migrou para o Face. Teve uma galera que resistiu e ficou no Orkut até os últimos dias.
Meu perfil no Face continua lá, as moscas, é um perfil fechado e usei muito ele enquanto morei fora. Era uma forma de ficar "mais perto" dos amigos e familiares.
Nesse interim...surgiu esse blog...lá em 2006. E segue aqui...daquele jeito mas segue.
Eu nunca fui muito fã de moda. Lembro das primeiras vezes que ouvi falar do WhatsApp e pensei "como assim? De graça ainda!". Resisti para baixar.
O Insta no começo era só para quem tinha um IPhone, e senão me engano lá em 2010. Eu não tinha esse celular (e continuo não tendo) e, de novo resisti quando ele passou a ficar disponível para todos os celulares. Eu odeio essa coisa excludente. Ou todo mundo tem acesso ou ninguém tem (eu sei que no mundo real não é assim mas não custa sonhar).
O ano era 2013, quase no final quando voltamos para o Brasil e meu irmão falou "só você da família não tem WhatsApp, baixa o aplicativo. É rápido, fácil de usar e as mensagens chegam na hora". Respirei fundo e aceitei a oferta dele de um celular melhor que o meu que daria para baixar mais aplicativos.
No caos da readaptação, inclusive escrevi bem pouco por aqui naqueles anos, conheci o Insta. Adorei a ideia e passou. Só em 2015 que criei um perfil e postei a primeira foto em 08 de março, uma selfie (bem mal feita), no dia da mulher.
A ideia do Insta era ótima. Compartilhar momentos instantâneos. Aquela imagem legal que você gostou e gostaria de dividir com os amigos.
Só que vieram novas funções, o aplicativo foi mudando, surgiram as #hashtags (que já existiam no Twitter, ah! lá eu estou já há 13 anos) e de repente...as empresas perceberam que ali era um ótimo lugar para vender seus produtos e aí surgiram as trocas (financeiras ou não), os influencers, os cursos...as Lives e nunca mais o aplicativo foi o mesmo.
Eu gosto e desgosto de lá. Já teve época que eu gastava 4h do meu dia conectada. Rolando a tela. E acho isso uma loucura. O aplicativo consegue acionar o nosso sistema de recompensa muito rápido e uso vicia. Cada like/ curtida/ comentário/ compartilhamento é um reforço para o cérebro (continua você está indo muito bem, você é importante, as pessoas.gostam de você). Que loucura tudo isso.
Nunca ganhei nada por estar lá. Algumas pontes foram feitas, alguns livros para sem divulgados (uma forma de vender algo que não envolve dinheiro). E eu segui e sigo. ..só não sei até quando.
Confesso que estou cansada só que acho que não é do aplicativo é de mim mesma.
Os stories foi outro marco, copiado do snapchat assim como os vídeos curtos. Acho muito louco a gente saber quem viu, quem curtiu, quem reagiu a um storie (vídeo.curto de poucos segundos que pode ter uma imagem, uma música, um micro filme).
Não sei como ficam as relações no meio disso tudo. O que mais me incomoda no Insta é essa falsa ideia de vida perfeita. As pessoas escolhem, selecionam o que vão postar e aí tudo é lindo e maravilhoso. Só que na vida real sabemos que ninguém é feliz 24h por dia. Infelizmente tem muita gente sofrendo, se comparando e não conseguindo viver sem "ter que postar". Não faço ideia de qual rumo tudo isso vai tomar...como quase tudo na vida é uma ferramenta e precisamos aprender a fazer bom uso dela.
* desculpa o texto, ah essa é outra coisa que não cabe mais no Insta, textões longos e profundos. Pra quê? Vamos viver na superficialidade que dói menos (alerta: contem ironia).