domingo, 26 de novembro de 2017

Ser forte!

Sempre fui meio bunda mole, daquelas que fazia drama por tudo.

Grazasdeus cresci, amadureci e hoje consigo ver com outros olhos as situações que enfrento.

Já passei por coisas que não gosto nem de lembrar. Sofri um tanto e espero ter aprendido com todas as situações algo de bom.

Mas aí veio a maternidade e com ela o título embutido de "culpa". Parece que temos que assumir a culpa do mundo para dar conta.

Tento me livrar desses pré-conceitos, pré estabelecidos mas olha... que luta diária e infindável. 
Tenho conhecidas que dizem que tudo isso é "uma grande besteira", que temos que fazer o nosso melhor e pronto. 

Mas, cara, como é difícil.

E ai, eis que em uma semana complicadíssima, que não era a primeira semana louca mas talvez a terceira, num sábado aconteceu várias coisas ao mesmo tempo e com isso apresentação de natação do filho. Arrumei as coisas as seis horas da manhã, sendo que eu havia ido dormir a uma da mesma manhã e sai. Passou o evento da manhã, eu tinha passado umas 4 horas em pé, estava sem almoçar e fomos direto para o evento da tarde. Chegamos no clube, entreguei a sacolinha e pedi: filho vai se trocar. Ele olha para dentro da sacola e solta: mãe, cadê a sunga?

Abriu um buraco na minha mente. Eu só consegui pensar: esqueci. 

Como? Como Graziela você esqueceu justo a sunga? Como o menino vai nadar?

Foi horrível. Foram os piores minutos da minha vida, dos últimos meses. 

E aí eu precisava resolver. Primeiro fui falar com a  professora para ver se tinha alguma lojinha naquele clube tão grande, não tinha. Lembrei que no mesmo quarteirão tinha uma loja que vendi artigos esportivos. Era 14h15 e e loja tinha fechado 14h. Corri, corri loucamente, comprei uma sunga cara, era a única que tinha na loja e nem dava tempo de pechinchar e as 14h30 ele estava pronto para nadar.

Corri, no sol, de sapatilha, sem  ter nada no estômago há horas. Quando ele foi para a concentração e eu sentei em algum lugar, não sentia minhas pernas, minha cabeça doía e eu achei que ia desmaiar. Mas não podia, precisava vê-lo nadar. Era uma oportunidade e tanto.

Para piorar na hora da correria, ele "perdeu/ deixou cair em algum lugar" o óculos. Por sorte tinha uma família de amigos, que o filho mais velho só iria nadar as 16h30 e emprestou o óculos. 

Mas eu não estava acreditando no que estava acontecendo.

A culpa caiu na minha cabeça e minha vontade era chorar, chorar, chorar.....

Passou, ele nadou, só comi algo as 16h, um sorvete de fruta. Conversamos, pedi desculpa e expliquei que eu também erro. Estava cansada e não percebi que não tinha pego a sunga. Pronto. Acontece.

Foi um dia tenso, intenso e não sei como sobrevivi.

Quando deitei a noite, senti como se um trator tivesse passado pelo meu corpo. Era como se todos os meus ossos estivessem trincados. Fiquei pensando de onde eu tirei força para resolver a situação, fiquei pensando no quanto a vida já foi dura comigo e eu tive que me virar para dar conta e naquele dia mais uma vez. Talvez se as coisas tivessem sido mais fácil para mim, ao longo da vida, ou se eu não tivesse amadurecido, provavelmente teria sentado no chão e chorado, esperando uma solução dos céus pu  por mágica. O que não aconteceria.

Sendo assim só tenho a agradecer as "pauladas" que a vida me deu. Mas já tá bom, né?

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